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Cruz Missioneira

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Você sabia que muito provavelmente na Quarta Colônia já existiram duas missões jesuíticas? É isso mesmo, as missões de Santa Ana, em Agudo e de Natividade, em Pinhal Grande!

As reduções de Santa Ana e Natividade faziam parte do 1º ciclo missioneiro, que começou no nosso Estado em 1626, com a Fundação de São Nicolau no noroeste gaúcho. Ao todo foram 18 povos neste ciclo! E duas provavelmente na região da Quarta Colônia!

Você conhece a história dos 7 povos das missões. Estas eram do 2º ciclo, 40 anos depois de chegarem aqui no nosso território da Quarta Colônia.

Então, a região é pioneira no RS quando se fala de missões!

 

Santa Ana: Santa Ana foi fundada em 1633 e chegou a abrigar em torno de 7.700 indígenas, os mapas da época apontam que seria possivelmente no território do município de Agudo.

Os escritos deixados pelos padres afirmam que foi construída a igreja e casas, mas tudo de palha e madeira. Por esse motivo, nada sobrou de vestígios materiais, sendo muito difícil precisar qual o local exato.

Infelizmente, as reduções da Quarta Colônia foram destruídas em 1636 pelos bandeirantes paulistas (um deles era o Raposo Tavares), que caçavam os indígenas para fazer eles de escravos e levá-los para o centro do país.

 

Natividade: Nossa Senhora de Natividade foi criada em 1632, e chegou a ter 7.000 indígenas.

 

Veja algumas curiosidades: 

A presençã missioneira na Quarta Colônia foi mais de 200 anos antes da chegada dos imigrantes;

Cada redução da região ganhou gado e porcos, foi um dos primeiros pontos do RS que recebeu gado bovino, ou seja, a pecuária do estado começou aqui;

As reduções tinham apenas 2 padres. Todo trabalho e conhecimento dos indígenas foi fundamental;

Natividade estava muito bem localizada, pois tinha a existência de mais de 600 chácaras;

As duas reduções da Quarta Colônia ficavam a um dia de caminhada uma da outra;

Santa Ana foi atacada pelos bandeirantes no dia de Natal, mas boa parte da população havia se refugiado na vizinha Natividade, na margem direita do Jacuí, onde havia sido reservado (fazenda da Reserva) um gado para alimentar os recém chegados;

Entre os municípios de Cachoeira do Sul e Restinga Sêca, ficava o “passo do Jacuí”, utilizado pelos missioneiros e que existe até hoje, onde tem uma barca;

A estrada que segue após o passo do Jacuí e continua até Santa Maria, provavelmente foi aberta e utilizada pelos missioneiros há quase 400 anos;

Jacuí – o nome original era Ygaí – planta parasita conhecida como “barba de velho” – rio da barba de velho ou Ygara – rio das canoas (nota: A tradução de rio dos jacus não é apropriada pois vem da língua Tupi e se aplica a um rio de Minas Gerais, que seria rios dos jacus).

Material produzido com apoio do Me. Tiago Luiz Janner


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